Juliane Villas Boas

A vida é sobre se fazer entender

Eu moro em Portugal. Entre idas e vindas, já tenho cá 3 anos.

Acontece que, mesmo já acostumada, ainda há detalhes da língua local que me escapam. Falamos o mesmo idioma, mas nem sempre isso parece verdadeiro.

Recentemente, me despedia de uma nova amiga muito querida após dias de convivência e, então, disse-lhe: até sempre!

Eu, brasileira, falei com a intenção de expressar minha vontade de revê-la em breve e continuamente.

Ao que ela, portuguesa, me respondeu: Que horror! Não digas isto!

Aqui em Portugal, “até sempre” é uma mensagem que se usa em despedidas eternas, ou seja, aos mortos.

Surge neste exemplo um pressuposto básico da Programação Neurolinguística: o significado da sua comunicação é a resposta que se obtém.

Não é o que você diz que importa, é o que o outro entende. Não é sobre você, é sobre o outro. É dele que você quer obter uma resposta positiva, é por ele que você quer ser compreendido.

Considerando isto, qual a melhor forma de fazer?

Se coloque no lugar de quem te escuta. Tenha em mente que a interpretação que o outro faz do que você diz passa pela forma como ele vive e entende o mundo.

Por isso, quanto mais você avaliar antes a pessoa com quem fala, estabelecer uma conexão com ela e for flexível, maiores as chances de obter a resposta que você quer.

Assuma a responsabilidade por se fazer entender, isso muda o jogo da sua comunicação.

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