Juliane Villas Boas

A Bailarina de Auschwitz

É impossível passar por esse livro sem ser profundamente tocado.

Edith Eva Eger conta a própria história, como sobrevivente do holocausto, sobre o antes, durante e depois do que viveu em Auschwitz.

O livro é de uma riqueza rara, com detalhes sobre essa parte sombria da história contados sob as lentes de uma menina de 16 anos, quando tudo começou.

Edith era bailarina e usou a dança a seu favor enquanto vivia um inferno. Tinha uma capacidade fora do comum de controlar a própria mente e uma força impressionante para refazer-se, apesar da dor e da dificuldade.

Em um só livro, você encontra fatos históricos, autobiografia, insights sobre a vida e uma contribuição delicada sobre como proteger a nossa mente do que nos ocorre do lado de fora, sobre a capacidade de ressignificar a própria história.

Edith sobreviveu ao inimaginável, formou-se em psicologia e atua até hoje ajudando pessoas a recuperarem-se de traumas profundos, especialmente ex-combatentes de guerra.

Ver alguém que passou pelo mais famoso e temido campo de concentração nazista e foi capaz de mudar a perspectiva das perdas e encontrar um sentido na vida é muito inspirador.

Das passagens que mais me marcaram:

“Nós nos tornamos vítimas não pelo que acontece conosco, mas quando escolhemos nos agarrar ao sofrimento”.

“O problema não é minhas irmãs me provocarem com uma canção maldosa; o problema é eu acreditar nelas”.

“É terrível perder, ter perdido tudo o que conheci: mãe, pai, irmã, namorado, País, casa. Por que também tenho que perder o futuro? Meu potencial? Os filhos que nunca terei? O vestido de casamento que meu pai nunca fará? Vou morrer virgem. Não quero que esse seja o meu último pensamento. Devo pensar em Deus”.

“Quando você tem algo a provar, você não é livre”.

“Em muitos casos, nós realmente trabalhamos duro para garantir que não vamos a lugar nenhum. Mudança tem a ver com perceber o que não está mais funcionando e sair dos padrões conhecidos e limitantes”.

Leia!

Eu tenho certeza que você terminará o livro reflexivo (a) sobre a existência humana e a capacidade de assumir as rédeas da própria vida.

Riqueza que só grandes leituras são capazes de entregar!

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